Insisto na tese de teólogos patrísticos e reformados de que a igreja é constituida apenas dos eleitos de Deus. Concumitante, paralela e indepependentes da eleição de Deus, existe a igreja daqueles que se batizaram e se tornaram membros. Esses, não são, e nunca se tornarão membros do Corpo de Cristo, ainda que por repetidas vezes sejam batizados “com agua” ou “nas aguas.” Somente os eleitos de Deus são regenerados pelo Espirito Santo, e somente esses, serão salvos da ira vindoura (Ef 1.3-14, Jo 3.5, I Ts 1.10).
Jesus afirmou que na seara (igreja peregrina), conviverá o joio e o trigo até o dia da ceifa (Mt 13.30). Neste prisma, somente Deus conhece absolutamente os que lhes pertencem. Nunca houve, nem haverá uma igreja na terra, constituida totalmente dos eleitos e verdadeiros crentes. Mesmo que, supostamente existisse tal igreja local, ainda assim, haveria problemas e tensões. Neste mundo ninguém atinge a perfeição. O convertido mesmo sendo santo, continua pecador. A vivência da igreja será sempre trilhada com essa realidade. Isto ajuda a entender conflitos, tensões e divisões existentes na igreja peregrina e militante.
A maturidade espiritual ensina o crente a conviver com essa realidade sem se acomodar ou desvanecer. A igreja é constituida de pessoas imperfeitas e pecadoras como você que lê essa mensagem. A consciência deste fato, deve produzir um grau de humildade, compreensão e tolerência, porém não conivente.
A disciplina, conquanto bíblica, deve existir na igreja e cumprir o objetivo de sanear o mal e inibir escandalo. Ela deve ser firme e cuidadosamente exercida para conduzir o verdadeiro crente ao arrependimento e sua completa restauração.
Rev. Silas Rebouças Nobre
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