A igreja de Cristo é gloriosa quanto a seu destino final, mas é militante quanto a sua missão neste mundo. Sua presença no mundo há se constituir em uma tarefa de serviço, e não de rainha. Por todo o tempo em que ela é noiva do cordeiro ela vive a expectativa de seu casamento. E enquanto esse dia não chega, a sua tarefa é de guardar-se pura e ao mesmo tempo adornar-se para o grande dia final, em que o Senhor há de completar o número de seus escolhidos, o número exato dos que hão de compor a igreja triunfante.
Muitas vezes o pensamento bíblico reformado de que o Espírito Santo é o inteiro responsável pela chamada dos homens à salvação, têm deixado muitos de braços cruzados, e indiferentes as angústias dos homens perdidos. Na verdade, nenhum dos eleitos deixarão de ser chamados à salvação; porém, nenhum dos que participarão do Grande Banquete, entrará na festa se não for convidado. Essa figura que lembra uma das parábolas Jesus, é confirmada pelo Espírito Santo quando diz: «Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (Romanos 10.14)
A obra de salvação pertence sòmente a Deus. Contudo, Ele próprio chama e capacita o seu povo (igreja), para esta tarefa inaudita e obra missionária. Assim como a salvação é cabal (completa), assim também deve ser o cumprimento dessa tarefa. O evangelho deve ser pregado de um modo integral (completo), para o homem como um todo (inteiro e completo), pois Deus é também salvador do corpo. Com esse entendimento, não podemos pensar que essa tarefa deve ser cumprida apenas pelos «profissionais da palavra» (pastores e missionários pregadores). Não, essa tarefa é de todos que fazem a igreja de Cristo. A missão é direcionada a um lugar que não pode ser menor que o mundo inteiro.
Rev. Silas R. Nobre